Entrevistas sobre Tricotilomania

Entrevistas sobre Tricotilomania

Você pode imaginar qual a importância das entrevistas sobre tricotilomania?

o Blog Dona Endorfina começou como diário, que é até hoje mas, sem pretensões de crescimento. Era apenas um espaço para eu desabafar meus sentimentos e tentar contato com mais pessoas como eu, a princípio que sofriam com a tricotilomania.
Quem me acompanha sabe da minha saga de vida, luta e vontade de viver constantes mas o que talvez não imagine é que também sofro.
Sofro por tantos anos de escravidão que esse transtorno me trouxe, de bater em tantas portas de clínicas, consultórios e hospitais e, sem poder esquecer, de um processo arquivado pela justiça brasileira, de uso de imagem por que a juíza não viu que alterei meu endereço no último documento incluído no processo.

Processo de uso de imagem de uma clínica que usava meus vídeos para vender tratamento de tricotilomania e “ganhei” 1/3 do valor que pedi na causa.
Então, ter tricotilomania me trouxe mais do que vontade de arrancar cabelo, e sendo bem sincera, olhando para trás e vendo minha vida eu sinto um enorme cansaço, que graças a Deus não senti antes.

A tricotilomania me trouxe depressão, angústias, crise de angústia, crise de pânico, transtorno de ansiedade, claustrofobia, pensamentos suicidas, pensamentos negativos e compulsão alimentar.
Imagine você se eu tivesse me deitado na cama e deixado tudo isso tomar conta de mim?

Pois bem, aqui estou para lhe dizer que resolvi usar meu blog para contar sobre mim e tentar levar as pessoas a frente com o restinho de energia que me acompanhou por todos esse tempo. Sim, restinho de energia.

Eu tenho certeza que as pessoas que me acompanham acham que eu sou só “Raça, Amor e Paixão” mas não só isso. Eu me frustro quanto arrancar cabelo ou quando como uma barra de chocolate inteira sozinha sim! Ter esse monte de transtornos e escrever/fazer vídeos sobre me levou ao Programa Encontro com Fátima Bernardes em setembro de 2017 e agora, fevereiro de 2018 ao site do UOL, na capa, e meu desabafo quanto a esse “Sucesso” é que ele não é meu, não é sobre um grande acontecimento ou sobre meu trabalho e sim sobre uma maldita doença que me assola e corrói por 31 anos.

Falo para que as pessoas tentem ter qualidade de vida, vivam melhor mas não quero atingir só quem tenha tricotilomania e sim, qualquer pessoa que sofra de qualquer transtorno que eu tenha. Minha mãe por exemplo, meu trato com ela é de ver ela ter uma melhor qualidade de vida indo à terapia, conversando com psicólogo ou nem atendo o telefone quando ela me ligar. Simples!

Sem coração eu? Não! O que eu aprendi com todos esses transtornos nos meus dias – 24 horas por dia – foi que eu preciso cuidar de mim e as pessoas precisam se cuidar. Eu não posso dar a minha energia para ninguém pois ela é pouca pra mim mesma. Eu poderia te perguntar se você saberia lidar com 2 ou 3 desses transtornos todos os dias e ainda ajudar alguém de verdade? Isso não existe!

Você esta pensando que sofre e ajuda os outros?
Na certa você é uma daquelas pessoas que me escrevem e alegam que já fizeram de tudo pra parar de arrancar cabelo e não adianta. Que foi ao psicólogo por 6 meses e nada mudou e então, desistiu do tratamento.

Se eu encontrasse uma fada, um dos meus pedidos seria o pózinho mágico para curar todos os seres da tricotilomania mas, enquanto essa fada não chega eu só tenho esse veículo aqui para te dizer que 6 meses de terapia nada mudará na sua vida. Sua mente precisa de muito mais do que 6 meses de terapia, elaprecisa de você estar bem pelo menos 23h do seu dia. Somos escravos de nossas mentes!
Tente um psicólogo, Yoga, Budismo, meditação mas ciude da sua mente!

Transtornos como tricotilomania ou compulsão alimentar são tratados gastando muita energia para se alcançar a caixa no seu cérebro onde está o sentimento que te escraviza a ponto de acharmos que não temos como ter controle sobre nossas mãos.

Existe um grande sintoma escondido nessas doenças que se chama VERGONHA de expor.
Quando eu falo em se expor não querendo incentivar ninguém a ter um canal no youtube, por exemplo, falo de exposição para que você converse com os mais próximos, com um médico ou psicólogo para você sinta a vida e viva melhor seus dias, e é para isso que sempre estive aqui!

o Blog Dona Endorfina esta no ar desde 2012 para tentar mostrar que o melhor da vida é a qualidade que damos à ela. Que são dias únicos, dias que não voltam mais e que nos esquecemos que a vida é curta e graças a isso – graças ao meu trajeto e empenho para manter conteúdo simples e que pudesse ter a maior quantidade de pessoas alcançadas – eu estou dando entrevistas.

A importância dessas entrevistas é fazer com que as pessoas parem de achar arrancamos cabelo porque queremos ou, que é frescura ou, que fazemos isso pra chamar a atenção.
Quanto mais pessoas souberem que não são as únicas a arrancarem seu cabelo, menos pessoas vão viver enclausuradas em seus quartos, presas a sua mente, se enganando que só estão nessa situação por que não tem cabelo.
Não é nada raro eu ler  “se eu tivesse cabelo, seria feliz como todo mundo.” E sim, querida, todo mundo tem problemas, cada um com o seu! Estamos no século XXI e todo mundo tem problemas emocionais mas muitas pessoas ainda vivem na ignorância quanto algumas doenças e transtornos, como o de arrancar/comer cabelos. então, essas entrevistam vem para que eu possa levar a minha imagem por todos nós, não só pra quem se esconde ou tem vergonha de si, mas para pessoas como eu também, ou você acha que é legal bater de porta em porta procurando um médico que me entenda?
Aliás, outro fator importante das entrevistas é trazer mais médicos à discussão do nosso problema!

Enfim… é isso! A importância de estar conseguindo espaço nas mídias é levar a tricotilomania à público e trazer pessoas e médicos a luz desse questionamento, além de tentar, em cada vídeo, e cada postagem, trazer você para alegria de estar vivo – viva – para seus dias pois cada dia trancada no quarto em depressão foi menos um dia de vida que vivi estando viva!

Médicos, terapeutas, psicólogos e pacientes bem informados nos traz menos turbulências quanto aos tratamento e as diversas maneiras de viver, como eu sempre digo: Com ou sem Tricotilomania.

Eu tenho visto que cada entrevista traz mais pessoas aflitas e outras alegres em saberem que não são as únicas a arrancarem seus cabelos. Trago mais mães que não apoiavam seus filhos para que confortem e auxiliem eles nessa grande jornada de tratamento e compreensão. Trago mais médicos para saber que nós existimos e que possam estudar mais nossos casos de compulsividade e o principal pra mim, eu vejo as fotos dos resultados de muitos e muitas queridos com seus cabelos crescendo, fechando falhas e vivendo melhor, com cabelo ou máquina zero.

Falar de tricotilomania, de compulsividade, cientes de quem somos e do que precisamos para ter uma vida melhor para quem está ao nosso lado ou ao nosso alcance é um grande primeiro passo a ser dado. Se abra, me mande um email: [email protected]  e dê o primeiro passo.

Você já contou o que tem para alguma pessoa? 

Entrevista para a página Viver Bem UOL: https://vivabem.uol.com.br/noticias/redacao/2018/02/06/ja-colei-fita-adesiva-nos-dedos-para-nao-conseguir-arrancar-meus-cabelos.htm

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