TRICOTILOMANIA NÃO É DOENÇA

TRICOTILOMANIA NÃO É DOENÇA

 

Não é raro eu receber comentários de pessoas dizendo ter a DOENÇA TRICOTILOMANIA, em qualquer rede social Dona Endorfina. Portanto, resolvi pegar meus estudos, e esclarecer mais sobre esse transtorno, que ainda causam muitas dúvidas nos país de portadores de tricotilomania e, principalmente, em nós que temos essa “mania”.

É preciso dar um basta nessa sensação de sermos nossos próprio vilão, por sermos nós mesmos, causadores das falhas em nossos pelos e cabelos.
Nós somos Humanos.
Somos pacientes.

A tricotilomania

mania de arrancar cabeloQuando chegamos a esse nome complicado de falar, tricotilomania, já sabemos que é uma “mania de arrancar cabelos”. E como já falei, nos sentimos nosso próprio vilão. Por isso, acabamos entrando num ciclo de tristeza, frustração, baixa autoestima – o que agrava ainda mais o quadro de tricotilomania,  que você pode assistir nesse vídeo aqui onde falo melhor sobre. Pois esse artigo é para falar da tal doença.

Como devo tratar a Doença Tricotilomania?

Acho que o título desse artigo está bem claro: tricotilomania não é doença e, por isso , ainda não existe uma cura a base de remédios, muito menos com 6 meses de ida ao psicólogo.

Posso sitar alguns hábitos dos ansiosos como: Roer unha, balançar as pernas -inquietas- na sala de aula, falar sem parar, morder o cantinho da boca, arrancar as pelinhas do cantinho da unha, passar o dia procurando cravos no rosto, cortar as pessoas antes delas terminarem de fala, e demais pequenos hábitos “normais” que os ansiosos alegam ter – por serem ansiosos.

Você acha que roer unha é doença?

Eu tive tricotilomania dos 6 aos 37 anos e, parei de arrancar cabelos por ansiedade, tristeza, frustração, medo, tcc (ou qualquer outro problema da infância/vida). Por isso, como pessoa que vivenciou, sofreu, chorou com todos esse anos de dor (pela destruição dos meus cabelos) por ter tricotilomania, eu te digo que:


chamar
tricotilomania de doença, é só transferir uma luta nossa para outro pessoa, no caso a doença.

Esse é um passo muito importante, e explico!

Uma vez chamar um sintoma – que é a tricotilomania é – de doença, acabamos dizendo para nosso corpo aguardar um remédio que nos cure. E, como ainda não existe esse remédio, vivenciamos a frustração de não sermos entendidos no meio médico.

Se a medicina não criou um remédio para a tricotilomania, como eu posso me curar disso?

 Além de causar desespero, você está pronta para entrar em outro ciclo.
O ciclo da frustração.

  • O Ciclo da Frustração

Em meio a tanta dor e dúvida, saber que tricotilomania não tem remédio, pode fazer você entrar em desespero, pois, saber que não podemos contar com algo para nos ajudar nessa luta, pode só fazer você aceitar a perda e a dor.

É muito importante eu acrescentar aqui mais um tipo de depoimento que sempre recebo, quando a pessoa descobre que não vai ter um remédio para tratar diretamente a tricotilomania.

eu não tenho a mesma força de vontade que você

E, dessa forma, sem ter o remédio e a minha força de vontade, é realmente impossível parar.

  • Porque se fosse fácil parar eu já teria parado

Outro relato bem comum que recebo são as lamentações da ajuda familiares e amigos.

“Eles vivem dizendo que não paro porque não quero” e, a ajuda dos parentes e amigos é motivacional, e não um tratamento…  um dia eu falo mais sobre isso. Por agora, vou focar no poder de um bom tratamento, e ele não é nenhum caminho que eu trilhei. Ele será o caminho que você trilhar.

O seu caminho.

Como descobrir o caminho para o fim da tricotilomania?

Nesses últimos 2 anos, eu vivi para me estudar.
Para alcançar alguma resposta que fizesse sentido.

Eu estudei de Marketing pessoal, inteligência emocional, PNL, auto hipnose, coach, técnicas de relaxamento, meditação até budismo – apenas um pouco de tudo  que me entreguei para investigar mais – e descobri que eu estava focando no objeto de estudo errado.

Estudar a tricotilomania só me fazia dar voltas no mesmo questionamento, criando aquele péssimo, ciclo.

Como parar de criar esses ciclos?

Quantas vezes os dias passam lentos e as semanas voando na sua vida?
Isso acontece porque deixamos a vida nos atropelar.  Pois bem, também fazemos isso com as emoções e sentimentos.

Quando estamos com foco em uma coisa, erramos e não entendemos o que estamos fazendo de errado, o correto seria realmente ouvir o que algumas pessoas nos falam, como “TIRA A MÃO DA CABEÇA” e somente isso, já é um alerta de mudança.

Quando não percebemos o que fazemos de errado e ignoramos os alertas (por medo ou vergonha, não importa!) estamos dizendo não para novas percepções que poderíamos ter, como:

Em que lugar estamos? O que estamos sentindo? porque esse sentimento me domina?

Veja bem, problema (e tcc) todo mundo tem, assim como todo mundo tem cabelo nessas fases da vida. Relutar em se observar é o que vai te prender na tricotilomania para todo sempre.

Autoconhecimento foi o que cancelou minha auto sabotagem, mas, em termos mais fáceis de entender:

Se perguntar porque isso com você, não muda que isso está acontecendo com você. Corpo e mente são responsabilidade nossa – assim como nossos atos e palavras. E essa descoberta, pra mim, foi o que me libertou, e me fez querer menos pressão, menos culpas, menos frustrações e mais cabelo (assim como as unhas lindas que nunca tive).

Por isso, interrompa algumas atitudes ou tente ver o que faz sempre, depois de uma crise – e mude alguma coisa ou alguma rotina.

Teoria Dona Endorfina:

Com certeza você já ouviu falar no termo “barata tonta”.
Dizemos isso para as pessoas, então, nós sabemos identificar comportamentos que podem nos fazer mal – assim como identificamos nos outros.

Minha teoria é que o corpo fala conosco – todo o tempo.
Se estamos fora do peso é porque estamos com o comportamento de comer (ou vida sedentária). Quando estamos balançando as pernas esperando o médico nos atender, estamos ansiosos, impacientes ou até mesmo com medo.

Todos esses exemplo de manifestação do corpo, meus 25 anos de tratamento e 2 anos de estudo de caso (meus 32 anos de tricotilomania), me fizeram ver que arrancar é um ato.
Arrancar cabelo não é uma mania simplesmente.
Tricotilomania não é doença – é sintoma.

Entenda que, tratar um sintoma a vida inteira, pode levar qualquer pessoa a morte, pela real doença que se crescia atrás do sintoma.

Você consegue imaginar alguém que sinta dor de cabeça por 20 anos, tome dipirona por 20 anos sem querer entender qual é a doença? Será que tratar o sintoma é saudável?

Tricotilomania é um sintoma como uma dor de cabeça ou uma dor de barriga.
E não estou simplificando a tricotilomania não! Estou te alertando para  algo maior que está te consumindo a ponto, desse sintoma de arrancar cabelo, consumir seus dias.

Leia seu corpo, não jogue meus 25 anos de tratamento fora.
Eu vivenciei tudo e você não precisa mais passar por todo sofrimento que vivi. 

Seu corpo fala, e ele esta tentando arrancar algo de dentro de você.

Aqui, eram mágoas e raivas – sentimentos que me dominavam enquanto eu os remoia, e uma vez que eu identifiquei cada um deles, eu os encarei e tomei o controle da tricotilomania, da minha vida, das minhas necessidades, do que eu não queria viver e, mais importante, do que eu realmente queria para a minha vida.

Faz sentido pra você?

Seu corpo fala!
Se escute.
Não seja vítima da sua vida, seja Dona dela,

Dona Endorfina é:
Sílvia Kineippe

instagram: @donaendorfina
facebook.com/donaendorfina

*Não Existe remédio para tricotilomania
mas existem remédios para ansiedade e depressão, 
que podem axiliar seu tratamento de tricotilomania. 

Consulte um médico!
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