Você sempre se sente CULPADA? Descubra como eu conquistei minha paz

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Você sempre se sente CULPADA? Descubra como eu conquistei minha paz

Hoje quero falar um pouco sobre a CULPA.
Não da culpa de ter feito algo de errado, ou magoado alguém que amo. Vou falar aqui da CULPA que sentia para me manter fazendo tudo que sempre aleguei que não queria fazer, seja arrancar cabelo ou manter uma dieta.

Desde a minha última recaída, em julho de 2017, eu venho tentado me reconectar comigo mesma. Na verdade eu venho me procurando dentro da bagunça que é minha mente, meus sentimentos, emoções e, acredite, achei um pouquinho de mim dentro dessa confusão. E quando digo confusão… aff! Não sei nem como explicar… deixa para algum post futuro porque hoje vou falar só da CULPA moral.

Leio em muitos depoimentos que recebo, que algumas pessoas arrancam cabelo do nada!

“Eu estava assistindo TV e quando olhei o chão estava cheio de cabelo. Arranca cabelo do nada.”

Bem, desde já, eu sinto informar que não foi do nada.
Sua mente continua trabalhando, mesmo quando você está se distraindo com uma TV ou Youtube. Eu, por exemplo, arranco cabelo sempre que estou em crise de ansiedade, seja para coisas boas ou ruins.

Meu cérebro não se importa se minha ansiedade é pra escrever um texto, editar um vídeo, fazer uma viagem, mudar de casa, fazer uma prova, fazer exames, etc. Não existia parâmetro que eu pudesse ter para tentar me ajustar.
Não fazia sentido e parecia que eu arrancava cabelo sempre sem motivo ou do nada, também.

O segundo passo foi descobrir que tinha transtorno de ansiedade, e então pude perceber que essa tal (e mal falada) ansiedade vinha em momentos diferentes. E não parei por aí!

Essa última RECAÍDA me trouxe a luz muito da minha mente bagunçada.
De uma mente conturbada e excessivamente ocupada – o que gera em mim mais ansiedade.

É um ciclo sem fim. Ansiedade em looping!

Situações que me fazem sentir vontade de arrancar cabelo:

  • Dia de prova ou dia de entrega de trabalho;
  • Dia que estou empolgadíssima para gravar vídeos;
  • Dias que tenho que escrever para o BLOG Dona Endorfina;
  • Dia que tenho de lavar a louça, a roupa, arrumar o quarto e não sei por onde começar;
  • Dia que tem de arrumar mala, etc.

Assim como dias de frustração, dias de raiva intensa…
Por muito tempo eu fingi estar bem, estar feliz ou parecer “normal” e acabei fugindo da minha realidade. Acabei fugindo das minhas necessidades, mesmo em tratamento.

Você sabe como eu fui descobrindo esses momentos?
Comecei a observar o que estava me acontecendo, quando eu me pegava arrancando.
Que momento da vida estava acontecendo e, aos poucos fui tentando descobrir que sentimento me dominava nessas situações.

Achou difícil?

Então vou te contar o segredo para conseguir estar consigo mesma, dentro desses momentos difíceis.
E o segredinho é: não sentir culpa pelo que você fez!

Pensei na minha rotina de vida.
Pensei nos ciclos de arrancar cabelo… veja se você encontra algo parecido na sua vida:

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FAZ: quando fazemos o que juramos que não queríamos fazer.
se Frustra: a sensação logo após ter feito e que às vezes também é acompanhado de raiva e/ou depressão.
se Culpa: Passa horas do seu dia, dias da sua semana, meses da sua vida se culpando por ser você a CULPADA de ter feito isso com você mesma – de novo.

Sofre: se sente um lixo, uma fraca, um fracasso! Se sente a pior pessoa do mundo incapaz de conseguir controlar a si mesma, sua própria mão! Entra em depressão, perde o gosto pelas coisas boas da vida, pela vida e pior, perde a vontade lutar pelo que não quer mais fazer. E tenho esse vídeo que ilustra uma sessão de CULPA clique aqui)

E vamos falar a verdade? Quando desisto da luta, estou desistindo de quem? Apenas de mim!

Eu não sou médica, não sou psiquiatra, nem terapeuta.
Eu não sou psicóloga mas uso textos e artigos dessas áreas para tentar me entender.

Eu sou paciente igual a você, só que com o péssimo hábito de querer lutar contra tudo que me domina, me limita ou cerceia. E se você quiser ver o meu melhor, basta me dizer que eu não consigo!

Mudar é primordial na minha condição, e nesse caso, uma mudança de postura fez quebrar um ciclo que me amaldiçoava a vida.

Enquanto eu acreditava ser minha própria carrasca, e que ao me culpar, me sentir mal pelo que fiz seria “me punir”, (no meu caso na dieta ou no cabelo) eu acabava me permitindo continuar.

Minha FAXINA DE NATAL na mente e no coração, foram o primeiro passo para enxergar a mim mesma – dentro de mim – e conseguir espaço para escutar a minha voz e não a da ansiedade, da raiva, da frustração, dos pensamentos suicidas, etc.

Eu trilhei o caminho de sentir CULPA por muitos anos, talvez 31 anos.  E foram anos demais para não ter percebido que eu precisava quebrar esse ciclo.

Hoje, eu consigo nem pensar em arrancar ou, quando penso, consigo inserir no meu dia – naquela hora – coisas mais importantes, mais gostosas… coisas que eu amaria fazer e não fazia por estar perdendo tempo arrancando cabelo.
E se você, como eu, já foi diagnosticada com crise de ansiedade, transtorno de ansiedade e já sabe que a culpada é a sua ansiedade eu te pergunto: E agora?

Não bastou eu saber que era a ansiedade minha vilã! Muitos, se não todos os meus psicólogos me disseram que Ansiedade não é vilã: é ela quem nos tira da cama, nos alimenta a vida para crescermos e construirmos! Para querermos estar com quem amamos sempre perto! Só não preciso dela maior que eu!

Ok! Eu arranco cabelo quando tenho crise de ansiedade.

E agora?

tricotilomania cura

#ForçanaPeruca

Eu comecei jogando fora todas as pinças de casa.

Eu limitei todas as minhas possibilidades concretas de arrancar cabelo, antes de entrar nos meus sentimentos a fundo. O que seria mais trabalhoso e hoje, tenho espaço para me estudar, me cuidar, me amar como meu corpo e minha mente precisam.

Quer saber como usei a culpa para me sabotar?

“Eu não acredito que fiz de novo!”

“Eu sou uma merda!”
“Eu sou um lixo”

“Se eu soubesse o que é já tinha parado.”

“Eu tinha me prometido que não ia mais fazer isso. Por que eu fiz isso?”

Quando eu percebi que estava perdendo mais tempo me diminuindo, me culpando, me fazendo me sentir um lixo ou perguntando mil vezes coisa que não eu não sabia responder, finalmente tive tempo para pensar em soluções para mim. paciência com minhas necessidades, liberdade para jogar fora tudo que me fazia mal e, o mais importante:
Quando parei de me punir me culpando, quebrei o ciclo de comando da tricotilomania.

Ainda esta se sentindo culpada?
Esse post tem um vídeo extra: clique aqui para e assistir.

#ForçanaPeruca

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