De volta ao ponto de partida 2.

De volta ao ponto de partida 2.

De maquina zero na cabeça e de volta ao início do meu tratamento, derrotada mais uma vez por essa doença maldita mas ainda com forças para lutar.

Sexta-feira passada estive com minha neurologista pra mais uma consulta e pra descobrir que ela ainda me atenderá mesmo selecionando mais o seus pacientes por estar numa nova fase da vida dela. A consulta durou mais de meia hora e o que decidimos é passar a minha medicação de 5mg para 10mg. Aumentou a carga de medicação mas hoje mesmo, terça-feira, já sinto os efeitos positivos. Estou a dois dias sem colocar a mão na cabeça.

Você quer saber porque a medicação teve de ser dobrada? Segundo minha neurologista, Dra. Vanessa Muller, eu tomo um antidepressivo que somado ao meu antipsicótico ajudam a enxugar os meus sintomas, mas, se eu entro em contato com outras circunstancias que aumente meus sintomas a medicação acaba por ser inútil. Vou explicar melhor: Quem me ensinou a arrancar cabelo da cabeça foi quem me ensinou a viver em situação de medo e gerou pânico desde a infância até os dias de hoje. Minha mãe, infelizmente, me trás a tona recordações de uma infância difícil e dolorida e há 4 meses, mais ou menos, estamos em contato diário. Sei que esse contato me trás mágoas do passado e graças a minha psicanalista consigo identificar o foco do meu início e da minha atual volta a arrancar cabelos. Hoje, com muitas falhas sei que preciso de mais ajuda e por isso tudo estar acontecendo minha médica teve de aumentar minha medicação pra aumentar a capacidade de “enxugar” meus sintomas da Tricotilomania.

Hoje estou sem sintomas de depressão e sem sintomas de tricotilomania e me sinto de volta a luta e revigorada. Nada melhor do que voltar a ser controlada e ter suas próprias mãos sobre controle.

Você sabe porque motivo perde o controle?

controle

endorfina

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3 Comentários

  • vanessa

    Olá Silvia! Apenas passei por aqui para desejar-lhe boa saúde e muita endorfina rs!
    Abracos,
    Dra.Vanessa

    16/11/2013 até 20:32
  • Patricia

    Olá querida bom dia

    Meu nome é Patricia e eu também sofro com essa doença. Aliás, desde os meus 12 anos. Tenho 30. Bom no começo tentei diversas formas de tratamento, analistas, psicólogos, psiquiatras, com remédios, terapia comportamental, e enfim tudo o que esta disponível hoje no Brasil para o tratamento da Tricotilomania. Porém, o tratamento, principalmente com remédios, me fazia muito mal, e o comportamental não adiantava muito. Quando tinha 25 anos fui morar nos EUA, e uma amiga minha me recomendou que fosse a um médico lá. Fui e descobri que lá eles entendem a trico de uma forma muito diferente, eles consideram como uma doença autoimune, como lúpus, por exemplo. E a médica lá, que era fantástica, entende que doenças autoimunes são desencadeadas por alergias. Eu comecei a ver que realmente, eu tenho Hipotireoidismo de Hashimoto, que é uma doença autoimune e tenho muitas alergias (rinite, bronquite, todas as ites). Começamos a tratar através de um exame que diagnostica diversas possibilidades de alergia que vc pode ter (procure um alergologista). Descobrimos que sou pouco alérgica a glúten e a lactose e severamente alérgica ao ácaro e gergelim kkk, pois é. Ela disse que esses fatores poderiam desencadear crises, como se meu organismo reagisse todas as vezes que eu como esses alimentos ou fico exposta ao ácaro. Hoje eliminei completamente esses alimentos da minha dieta e te falo, não estou curada, pois doenças autoimunes não tem cura, mas os sintomas desapareceram quase que por completo. Claro que existem os vícios físicos (por a mão no cabelo para puxar) assim como os ex fumantes gostam de segurar cigarros apagados, mas com ajuda da terapia comportamental, resolveu bastante. Outra coisa que ela proibiu foi ficar contando os dias que eu não arranco cabelo. Eu sempre fazia assim. Se arrancasse um fio começava tudo de novo. Ela disse que isso é extremamente desmotivador, uma vez que um fio arrancado acaba com todos os outros dias que vc ficou sem arrancar e também pode fazer com que vc arranque mais, por pensar, “a, já que eu arranquei agora já era, vou arrancar mais” Então fazíamos assim, deveria ver qual o lugar ou situação que eu arrancava significativamente (a ponto de fazer falhas) e evitava a todo custo essas situações. Evitava ficar sozinha vendo TV ou no computador e etc… Mas eu gostava de arrancar fios brancos, ela me disse: Arranque! (Desde que vc não tenha muitos fios brancos kkk) Eu fico até hoje na frente do espelho procurando fios brancos para arrancar, é como uma válvula de escape. Outra coisa, peça para o Cosmos, Deus, a Natureza, ou qualquer coisa que vc acredite para te ajudar. Não peça para parar de arrancar, que isso é uma forma negativa de pensamento e pouco natural. Peça: Quero ter o meu cabelo lindo!!!Um abraço para você e boa sorte! Veja esse artigo que fala sobre a trico ser uma doença autoimune (está em inglês mas dá pra entender se vc colocar no google tradutor):http://healthsciences.utah.edu/development/capecchi.html Beijos

    28/11/2013 até 12:37
    • endorfina
      endorfina

      Olá Patricia!! Obrigada por confiar e contar sua história pra gente!!
      E obrigada pelos conselhos!! Hj estou há mais de 11 swmanas sem arrancar nenhum fio e posso dizer que fui ajudada por um tratamento espiritual que fiz juntamente com meu tratamento de remédios que a minha Neuro me receitou, psicnalise e dermatologisco! Me sinto curada e livre mas vou ler o artigo pois sempre é bom estar informada, principalmente sobre essa doença que nos assola!!
      Força pra você!!
      Beijos no seu coração!!

      29/11/2013 até 16:23
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