O que nunca te contaram sobre Remédio TARJA PRETA

O que nunca te contaram sobre Remédio TARJA PRETA

Hoje eu resolvi falar de um assunto que quase não se explica, às vezes nem no consultório médico em que o remédio  tarja preta é receitado. O que nunca te contaram sobre remédio tarja preta?

Eu tomo remédios de tarja preta desde os 13 anos de idade. Me tratava com psiquiatras e psicólogos no antigo Hospital Pedro II, no Engenho de Dentro – suburbio do Rio de Janeiro e dos tanto, segue uma lista de alguns que já fizeram parte dos meus dias: Ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos, relaxantes musculares, remédios para dormir, remédios testes contra impulsividade, etc.

Eu tenho tricotilomania há 31 anos, depressão, tantos outros transtornos como de ansiedade e o alimentar, além da “mania” de arrancar cabelos e para ser mais exata, caso você não esteja lendo isso em 2018, comecei aos 6 anos de idade e trago comigo tudo isso até hoje, com 37.

tricotilomania

Dezembro de 1986

Esse blog e o canal no youtube foram criados em 2012 para que eu pudesse ter um diário para ter apoio, contato e ajudar mais pessoas como eu e de fato, hoje tenho muitas respostas de pessoas que dizem não se sentirem mais sozinhas no mundo como um “ET compulsivo arrancador de cabelo”. Voltando ao assunto de medicações, esse não é – assim como a base desse blog desde o princípio – um post que falará nomes de remédios para quaisquer transtorno pois, assim como sou inspiração para umas pessoas, sei muito bem que existem outras desesperadas para encontrar o remédinho que as farão parar de arrancar e com apenas 1 nome de remédio por aqui posso me tornar uma assassina. Sim, assim que eu me imagino recebendo a noticia de que você ou um amigo seu se medicou por que leu um nome de remédio por aqui e passou mal. Dona Endorfina é um espaço de vida, de luz, de alegria e de muita luta, e, tão somente por isso digo e sempre repito sobre a importância do tratamento terapêutico quando se tem qualquer (todos ou mais transtornos) que eu relate aqui.


E onde o Remédio Tarja Preta entra nesse post?

Assim como as pessoas relutam, mentem para si mesmas tentando fugir do trabalho e grande processo emocional que uma terapia pode trazer, não é nada raro eu ler sobre medo de tomar remédio tarja preta também.
Medo de ficar dopado, em estado de letargia ou “abobado” por conta da medicação, mas tudo isso também faz parte de um primeiro momento de contato com a medicação.

Não, eu não vou defender o uso de remédios, o que eu estou aqui escrevendo é que geralmente a temida letargia costuma durar entre 9 à 15 dias e  passa! Sim, passa.

“Ah Silvia, minha tia passou anos se arrastando pela casa….” “Meu vizinho ficou mal meses e preferiu parar de tomar remédio pra não ter de ficar daquele jeito…” “Eu tomei tarja preta por 1 mês e não conseguia ficar acordada nenhum dia direito…”

Eu NÃO sou a favor de auto medicação, NÃO sou a favor de viver a base de medicamentos, NÃO quero viver tomando remédio para sempre então vou te dizer como tomar remédio tarja preta e viver bem, ok?

Como disse antes, você vai ficar uns dias mal, sonolento, sem ânimo, tonto, as vezes boca seca, as vezes atordoado mas esses sintomas vão passando com os dias e se não passar é sua a obrigação de ir até seu médico e pedir revisão das dosagens do remédio. Sim, sua responsabilidade!

Nós depositamos a responsabilidade de nossa vida, felicidade e sucesso em pessoas que nada tem a ver com nossos desejos de melhora, em qualquer instância então, avalie seu médico e procure conversar com ele. Tire todas as suas dúvidas, retorne ao consultório com mais outras, caso elas surjam. Remédios de Tarja Preta estão no mercado para trazer qualidade de vida para pessoas como eu, que por exemplo, passei 6 meses em crise de depressão em 2010 e em 2014 me foram retirados (sim TODOS) e vivi até dezembro de 2017 sem nenhum e agora, estou de volta ao ansiolítco. Inclusive, esse remédio para Ansiedade que tomo hoje, já tomei muitos anos da minha vida e nunca havia surtido efeito.

Mas se não surtia efeito antes, porque você aceitou tomar de novo?

Estive a procura de um dermatologista bom para me ajudar com minha foliculite capilar há pelo menos 3 anos e como sempre digo, bato de porta em porta, consultório em consultório procurando o médico que vai abraçar melhor a minha causa, me ouvir, se por a disposição para tirar dúvidas, etc. Minha última dermatologista tinha um diploma de especialização em Harvard e seu tratamento foi até bem sucedido mas eu não havia parado de arrancar cabelo nem estava disposta a retirar o aplique dos meus dias como ela pediu, então, todo mês se gastava muito com cabelo, muito com expectativas e no final estamos aqui pra contar sobre outro médico dermatologista na minha vida.
Dizer que o roteiro para a felicidade não existe é mentira! O roteiro para a felicidade é unicamente saber que você é seu melhor projeto e que suas alegrias e vitórias depende muito mais de você do que naqueles no qual depositamos as responsabilidade de nos fazer feliz, e então, depois de uns meses de recolhimento e amadurecimento que foram os últimos meses de 2017 ( no qual escrevi sobre RAIVA e MEDO aqui no Blog) levantei do conforto das lamúrias, parei de culpar as pessoas por não estar mais feliz e fui em busca do que eu precisava para isso e, dentro das minhas necessidade estava incluso buscar um novo dermatologista e vou te dizer como foi minha consulta:

 

Na sala com o dermatologista contando sobre arrancar cabelo, foliculite, dor, ardência pela milésima vez a um profissional da área.  Ele me escutou até o fim e me fez a seguinte pergunta:

Mas você faz acompanhamento terapêutico?

Certeza que você ia ficar com raiva do médico achando que ele não estava te ouvindo direito! Como assim eu estou reclamando de dor e ele vem me questionar quanto a psicólogo? Pois bem, ele concluiu dizendo que de nada ia adiantar eu gastar em cabelo  quando cabelo é o alvo da minha compulsividade.

Aquele rapaz sentado atrás da mesa estava correto. Meu dermatologista me prescreveu um monte de exames e na volta os medicamentos. Dentre eles o remédio tarja preta, que já havia tomado na vida e nada tinha mudado em mim, que ele gentilmente me perguntou se eu toparia incluir na receita.

Estávamos um de cada lado da mesa mas por todas as perguntas e exames (12 tubos de sangue) que ele havia me passado acreditei que estávamos do mesmo lado e eu precisava mais uma vez, confiar em outro médico e não pense que não é cansativo. É estressante entrar e sair de consultórios, contar mil vezes a mesma história, responder mais outras mil vezes as mesmas perguntas mas no final… bem no final é para o meu bem e para melhorar meus dias então essa irritação só pioraria minha (mais uma vez na vida) nova fase.

Voltei a fazer uso do remédio tarja preta após 3 anos – quase 4 –  e resolvi escrever um pouco sobre isso de maneira a esclarecer melhor pessoas como eu: doentes, pacientes, etc. como queira chamar, focando apenas no que de fato precisamos focar que é minha, a sua, nossa qualidade de vida real pois sou eu a única pessoa que passa 24 horas de fato comigo mesma.

Desde os 13 anos de idade eu faço uso de remédio tarja preta mas de fato, comecei a enteder eles em 2012 quando comecei a usar um antipsicótico em busca da cura para a tricotilomania e que todos os sintomas, adversos ou não, era conversados com minha neuro.
Quando entrei nesse tratamento tomava antidepressivos de manhã e de noite e quando o antipisicótico entrou na minha vida eu passei 10 dias dormindo entre 20 e 16h por dia e no final desse período, eu fiquei bem, em contato e consultas todo mês com minha neuro mas fiquei sem arrancar cabelo por 2 anos! Sem libido e com 20 kg a mais eu me achava feliz e me mudei pra São Paulo (pela segunda vez) com meu marido, motivo de eu ter retirado esse remédio com total acompanhamento médico e respeito ao meu corpo, quando comecei o tratamento do hospital da clínicas e enfim, esses são outros post e outros vídeos que já estão no canal – fique a vontade!

Para terminar esse assunto de maneira mais clara possível:

  • de 1993 à 2010 não me recordo muito bem como foram os tratamentos, apenas que arranquei cabelo por todo esse período.
    de 2010 à 2014 o antidepressivo funcionou tão bem que vivo sem eles até hoje pois o tratamento com remédio tarja preta nem sempre é para a vida toda!
  • fazer terapia ajuda a entender melhor sua mente, seus desejos e medos e sendo assim hoje em dia tenho algumas crises de depressão que combato no laço e na raça mas sem medo de dizer que se eu passar mais de uma semana presa nela eu procuraria um psiquiatra para retomar o tratamento medicamentoso.
  • o antipisicótico fez o efeito desejado de controlar a tricotilomania mas voltei a arrancar ainda tomando ele no final dos 2 anos de início do tratamento.
  • o antidepressivo que nunca fez o efeito desejado durante os outros anos me trouxe de volta a vida mais tranquila que buscava sozinha e não alcançava dentro das minhas tormentas mentais de querer estar sempre a frente do meu dia de hoje, do meu memento agora.
  • Remédio Tarja Preta me tirou da depressão,
  • Remédio Tarja Preta para ansiedade me trouxe qualidade de pensamentos e vida no meu dia-a-dia,

mas tudo isso foi conquistado com conversa com meus médicos em prol da minha qualidade de vida, que no caso é estar mentalmente saudável e isso você só alcança quando de fato quer se mudar e sair da confortável cadeira do sofrimento.

A inclusão do ansiolítico me trouxe dias de sono, confusão mental sim, meu corpo não aceitou a medicação como uma “velha conhecida” e passei dias arrastada, e como sempre, esses dias passaram e estou aqui lhe contado isso.

Contado que estou sem arrancar cabelo, não por falta de vontade mas sim, por força de saber que médico, nem remédio funcionam sem você ajudar, seja qual tratamento for!

Como você imagina que vai ser curado?

 

endorfina

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