ACEITAÇÃO | Sentimentos

ACEITAÇÃO | Sentimentos

Quando resolvi falar sobre aceitação, foi para mostrar a quem me acompanha e a quem tenta se espelhar na minha vida, a necessidade desse primeiro passo.

Durante os dias existem situações que não podemos mudar. Quantas vezes você já se deparou com etapas mais difíceis na sua vida? Quantas vezes você já desejou outra vida?
Quanto tempo você já perdeu se perguntando: Porque justo comigo?

Eu acreditava que pensar dessa forma era lutar contra a tricotilomania, que não ia querer arrancar cabelo pra sempre e em cada recaída me dizia:

Porque justo comigo?
Não vou aceitar isso na minha vida!

Essa Tricotilomania não me pertence!

Hoje vejo que esse era um ciclo vicioso de resignação. Sim, um estado de conformar com tudo e me permitir dar voltas em questões que não eram as que me livrariam dessa maldita falta de controle!

Aceitação é o início da transformação!

aceitação o início da transformação 

“Você só pode estar louca de me dizer que tenho que aceitar isso, né?”

Vamos aos pontos que aprendi essa semana:

Eu sou uma pessoa que desenha metricamente cada passo para cada conquista.
Uma saída para cada problema, uma saída para outro problema que possa surgir, um sonho por dia, um desejo novo a cada dia, uma vontade de mudar e conquistar a vida cada dia mais, etc. Geralmente, e posso dizer que 95% das minhas empreitadas são sucesso, mas, e quando não acontece o que eu desejei?

Quando temos uma recaída temos a tendência de valorizar o ato de derrota no lugar de observar o que deu errado ou valorizar o período que vivemos firme e fortes, não é assim? Pois bem, toda essa volta para tentar explicar o poder da frustração ou da raiva em nossos dias frente aos problemas que teremos de conviver diariamente, senão a vida toda, e além do problema vivo (que vai nos acompanhar todo dia) temos a tendência de acrescentar sofrimento, raiva e o poder da frustração. Será que isso é saudável?

Será que ficar se achando um ET ou um lixo vai ajudar a acabar com a compulsão/impulsividade? Será que estava olhando para o lado certo da questão? Será que a pergunta certa não seria: Como viver melhor com a tricotilomania?

O tempo que perdi pensando nos porquês de eu fazer isso, pensando em cortar minhas mãos fora, de quem era a culpa por eu ser assim, pensando nos traumas que me deixaram com tricotilomania não me prenderam tempo demais dentro dela?
Será que a revolta contra ela não me deixou dependente dela?
Será que a raiva, a frustração e a baixa autoestima que meu transtorno trás não é mais prejudicial do que arrancar cabelo em si?

Seria uma cilada (Bino) tentar não aceitar que essa sou eu, uma doida que arranca seus próprios cabelo?

Quantas perguntas, não é mesmo?
Essa foi minha semana, queridos! Muitos questionamentos, muitos trabalhos, leituras, vídeos e tudo que pudesse ocupar minha mente, de sanar esses pensamentos que nunca acabam e com os dias que acabam antes das minhas tarefas e essa sensação de que não fiz nada.
Estudar a aceitação me fez ver o olho do furacão e talvez nem todo mundo esteja pronto para isso, mas sabe, vocês vivem me pedindo dicas então resolvi criar dicas vivendo dentro do olho do furacão, que de verdade, me fez enxergar o quão inútil e desgastante é lutar contra situações que estão fora do eu alcance nesse momento. De querer entender de fato no que posso ser útil, amável e eficiente em minha vida, comigo mesmo.

A aceitação já era uma teoria na minha vida e talvez 20% de prática diária, mas não estava suficiente. Resolvi aceitar não só a tricotilomania, mas os fatores da vida que mais me causam raiva, desabafando algumas poucas (mesmo) raivas nesse post AQUI.

Pontuei meus pontos de raiva, que fazer passar o dia mal, que fazem ficar frustrada de não conseguir mudar, que me fazem  sentir um lixo e como vocês puderam ver no post (ou vão ler ainda) muitas delas nada tem a ver comigo. Muitas não são ações que dependem de mim no mundo e não aceitar minha realidade, toda a realidade do dia e do memento, faz com que eu me sinta infeliz, logo, podemos somar a infelicidade à raiva, frustração e sofrimento.

Então, vamos aos pontos que aprendi sobre mim:
Se eu aceitar que tenho tricotilomania eu estou sendo fraca?
Aprendi que aceitar é libertador e abre janelas importantes e essa janela me mostrou que sou doente sim, mas de Raiva.
Pensando em aceitação em outros ramos da vida, também se encaixaria na área financeira, doenças, traumas, humilhações ou qualquer coisa que nos cause esses pensamentos que nos deixam inconformados, que nos prendem a situações que nem sempre estão sobre nosso controle ou que foram causados em nossa vida por nós mesmos.

Parece um discurso de um perdedor né?
Pensa comigo; me revoltar contra a tricotilomania, e desesperar por uma situação financeira atual, me indignar contra o lugar que vivo, culpar as pessoas pelo meu estado emocional e manias, me deprimir pelo que não consigo fazer vai me levar (eu Silvia) a que situação?

Sim! A mim, me toma a raiva e todo mal que ela traz consigo e então tenho: tricotilomania e Raiva.

  • Aceitar me trouxe uma visão da minha vida que fez ver situações e emoções que não quero mais viver.
  • Aceitar me trouxe paz e engana-se quem acredita que esse é o ponto final da aceitação.
  • Me sinto lúcida e a lucidez me trouxe clareza para situações e problemas.

Aprendi que quanto mais tempo resisti em aceitar, mais tempo vivi presa em sofrimento a situação que não queria estar e que, optar pela aceitação fez as dores estarem presentes em minha vida sim, mas sem sofrimentos além da dor que por si só já existe.

Aceitar me fez tomar posse dos meus problemas, enxergar além do ciclo vicioso ininterrupto de questionamento inúteis que só me afundavam mais ainda e que me mantinham longe do controle de meus pensamentos e sentimentos. Me fez localizar botões de fuga e sabotagem e que mudar o que me faz mal depende só de mim.

Seu Futuro está em suas mãos? 

Assista o vídeo sobre o primeiro passo da Aceitação no Canal Dona Endorfina AQUI

endorfina

endorfina

1 Comentário

DEIXE UM COMENTÁRIO