No terceiro dia de tratamento no Hospital das Clínicas de São Paulo eu fui atendida as 8:30 no grupo de acolhimento, onde eu faço terapia ocupacional e converso com outras pessoas que tem diferentes tipos de transtornos da compulsividade como compulsivos por compras e de agressividade. Fazemos artesanato enquanto falamos da nossa semana e conversamos entre nós comparando e dividindo nossas doenças e eu acho uma experiência muito valida e enriquecedora!!
Depois fui pra outra ala do setor de psiquiatria e aguardei minha primeira consulta com a Dra. Bruna Muller, residente do Hospital.
Ela me perguntou sobre a minha vida, sobre a tricotilomania, sobra a infância, sobre meu pai, minha mãe e tudo até os dias de hoje. A consulta durou mais de 2h pois depois de você falar sobre a sua vida ela leva seu prontuário até o médico responsável e volta com um parecer e a medicação, e como o Psicologo Chefe das Clínicas já havia me dito vão entrar com uma medicação nova, a princípio um expectorante mas com uma manipulação mais forte que não traz qualquer tipo de contra indicação.
As consultas com a psiquiatra terão intervalos de 15 dias para que eles nos monitorem e vejam se a medicação é mesma a correta, uma atitude diferenciada e bem legal pois assim não ficamos um mês usando remédios que não funcionam.
Eles levam muito a sério o termo “tratamento”, pois eu disse que estou sofrendo de claustrofobia, que estou sem medicação pra depressão e ansiedade há 2 meses mais a médica foi bem clara: Trataremos um caso de cada vez e não trataremos sua depressão agora pois não estou em crise. Não há o que tratar quando a doença não esta presente.
Eu até concordo pois o termo é “tratamento” e não “solução”. Um tratamento é realmente algo que se faz aos poucos.

E o seu tratamento?