Como tornar-se um doente mental

Como tornar-se um doente mental

Estava eu passeando por uma dessas feiras circulantes de livros quando me deparei com esse título: “Como se tornar um doente mental.” achei interessante fui ler contra capa:

“Levar uma vida saudável virou uma obsessão e, portanto, uma doença (…)”

O livro é escrito por  José Luis Pio Abreu professor e Médico Psiquiatra na Universidade de Coimbra, o que me fez dar maior crédito a leitura.

Como disse para minha psicanalista na última sessão eu tenho aversão a leitura que surgiu nos últimos 5 anos me afastando de algo que eu amava muito fazer que era a minha faculdade de História.

Minha Psicanalista disse que sentir ódio ao ter de ler um livro não é uma atitude normal, mas pediu que eu não me preocupasse com isso que um dia descobriríamos de onde vem…

Bom, eu cheguei em casa com essas palavras na cabeça, tomei o livro que já estava há 5 meses enfeitando a mesa e fui ler. Para minha surpresa eu realmente consegui contornar o “ódio” de estar lendo e me mantive concentrada na leitura e só tenho uma coisa a dizer: são desses pequenos avanços que a vida vai se fazendo mais viva, mas bem, como eu ia dizendo… li o livro e minha resenha é simples:

O livro não é lá das melhores leituras mas me fez ver alguns pontos das minhas características tão evidentes e ao mesmo tempo tão cegas à mim.

Um dos pontos que pude observar é que eu não tenho uma doença chamada Tricotilomania e sim tenho PERSONALIDADE OBSESSIVA-COMPULSIVA.

O livro junta uma série de características dessa minha personalidade e claro, algumas que eu não aceito ter nem localizei ainda como por exemplo ser muito organizada, que não sou mas trabalhei como arquivista que também segundo o livro é um dos trabalhos favoritos dos obsessivos-compulsivos. Somei as informações do livro e não vou tomar nenhuma decisão, como dito pelo professor Pio Abreu, sou uma mulher que trabalha em cima da razão e levarei os fatores apontados pelo autor às autoridades competentes; os médicos e psicanalista.

Como já disse antes eu não achei uma leitura boa mas, para aqueles que pretendem se estudar, se avaliar e tentar se ajudar é muito válido. O livro tem palavras simples, sem termos médicos e auxilia a detectar algumas parâmetros da sua doença mental, inclusive com algum tom de humor. Eu como cientista e doente mental levarei os pontos (entendidos ou não) para minhas médicas e assim acho que ganharei mais vida e perderei menos tempo com a “busca da cura” para minha tricotilomania pois uma coisa eu aprendi essa semana:

Quanto mais tempo você dedica a investigar sozinho a sua doença, mais tempo de vida real você perde.

Eu não estou dizendo para não se cuidarem mas sim, que a vida é muito mais do que parar de viver por conta de uma doença. Viva cada dia, com doença ou sem doença da melhor forma possível. Conviver com coisas (e gente) indesejáveis faz parte da vida. Aprendi isso com uma menina paulistana amiga minha e  achei válido transmitir para todos vocês!

“Não deixe a tricotilomania ser o foco da sua vida!”
Dayse Maria.

Qual é o foco da sua vida?

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